#Dispute Resolution

Advogados são alvo de investigação por fraude processual e financeira no RS

9/5/25
Advogados são alvo de investigação por fraude processual e financeira no RS

As autoridades do Rio Grande do Sul investigam um grupo de advogados suspeito de envolvimento em um esquema de fraudes financeiras que teria causado prejuízos estimados em R$ 50 milhões. O grupo é acusado de enganar clientes e realizar empréstimos em nome de pessoas já falecidas.

Segundo as investigações, os advogados teriam utilizado dados pessoais de clientes, especialmente idosos e pessoas vulneráveis, para obter empréstimos consignados sem o consentimento dos titulares. Em alguns casos, os empréstimos foram realizados em nome de pessoas já falecidas, utilizando documentos falsificados. Foram cumpridas duas ordens de prisão, inclusive de pessoas ligadas a advogados que distribuem inúmeras ações contra as próprias Instituições Financeiras que, neste caso, também são vítimas.

A investigação iniciou-se através da atuação dos réus dessas demandas, que perceberam que, em diversos casos, as ações eram ajuizadas em datas posteriores ao falecimento dos Autores e passou a se manifestar pedindo a expedição de ofício aos órgãos competentes.

Nesse ínterim, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) ajuizou uma ação civil pública que resultou na suspensão de milhares de contratos fraudulentos. Além disso, a Justiça determinou a indisponibilidade dos bens dos envolvidos para garantir a reparação dos danos causados às vítimas.

A OAB/RS determinou a suspensão cautelar do principal advogado investigado, em razão da gravidade dos fatos. A medida busca proteger a integridade da advocacia e os interesses da sociedade. Os demais casos seguem em análise individualizada pela Ordem.

Este caso destaca a importância de diligência na verificação de documentos e na representação de clientes, especialmente em operações financeiras. Advogados devem estar atentos a práticas que possam configurar fraudes ou abusos contra pessoas vulneráveis.

Por fim, primordialmente, serve como alerta para a necessidade de ética e responsabilidade na prática jurídica, bem como para a importância de mecanismos de controle e fiscalização para prevenir fraudes no sistema financeiro e jurídico.

▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔▔

Autoras:

Ana Carolina Tolentino

Gabriela de Pinho

Taís Craveiro

Compartilhe esse artigo em suas redes sociais: